segunda-feira, 2 de novembro de 2009

TP4 – LEITURA E PROCESSOS DE ESCRITA - OFICINA 8 - PARTE I

  TP4 – LEITURA E PROCESSOS DE ESCRITA - OFICINA 8 - PARTE I

Por que e para que perguntar

"Não são as respostas que movem o mundo e sim as perguntas".

Quando tratamos dos objetivos da leitura, ressaltamos o desafio que é para nós, professores ajudar nossos alunos a terem necessidade e, consequentemente, terem objetivos que tornem a leitura uma experiência significativa, o que implica acender a cada momento a curiosidade pelo mundo. Não temos dúvida de que uma das formas de colaborar no sentido de alimentar essa curiosidade, para eles chegarem a uma leitura realmente interessante, está nas perguntas que podemos fazer-lhes ou que eles podem fazer a sim mesmos, em torno do texto. Se o ato de ler se constitui como o estabelecimento de uma sequência de hipóteses e previsões, que nada mais são do que perguntas que fazemos ao texto, a formulação explícita de questões sobre ele é uma ajuda no sentido de se trilhar o caminho para se chegar a ser um leitor eficiente.

O processo de leitura pode ser considerado uma sequência de perguntas/hipóteses que o leitor faz (mesmo inconscientemente) em torno do texto. Por isso mesmo, nossas perguntas devem ajudar nosso aluno a avançar na formulação de suas próprias perguntas, caminhando para um a leitura autônoma. Daí a importância de se trabalhar também com perguntas formuladas pelos próprios alunos. Da mesma forma, é importante pensarmos que o trabalho com o texto pode ser muito mais produtivo quando é uma atividade compartilhada.

Como chegar à estrutura do texto?

A organização do texto evidencia o plano do autor para fazer o leitor seu cúmplice na construção de um significado. Percebê-la é, pois, aproximar-se do significado pretendido pelo autor.

Estabelecer a estrutura de um texto lido é um dos melhores caminhos para se chegar a seu significado global, independente do gênero e da extensão dele. Daí a importância de você investir em atividades que ajudem seu aluno a desenvolver essa habilidade, tais como: depreender as idéias principais e sintetizá-las ou dar-lhes título; apresentar o texto de modo desordenado, para que seja ordenado de forma pertinente. Pode também inserir no texto trechos desconectados, para que sejam detectados.

Quando queremos aprender

Além de aprender o que nos diz um texto, podemos e devemos procurar horizontes mais amplos para nossa leitura: buscar dados sobre o assunto além do texto, relacioná-los, compará-los, buscar conclusões são ações da pessoa curiosa e investigadora, que se interroga sobre as coisas, os fatos, o mundo.

Uma leitura mais cuidadosa do texto implica a compreensão do que está escrito “na linha”( o mais diretamente observável no texto), “por trás da linha”( o que está implícito, mesmo não conscientemente), “além da linha”( como o dito se relaciona com os outros textos e outras vozes) e “na entrelinha”( no caso do texto literário, que sugere mais de uma interpretação).

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