sábado, 31 de outubro de 2009

ATIVIDADE – FICHA INTERPRETATIVA



METODOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA – 3º ANO

CURSO NORMAL NIVEL MÉDIO

ATIVIDADE – FICHA INTERPRETATIVA

FILME: ESCRITORES DA LIBERDADE

NOMES:_________________________________________ VALOR:_____

É inegável a necessidade de integrar diferentes linguagens nas aulas em todos os níveis de ensino. Nesse contexto, filmes são recursos que mais facilmente são incorporados à rotina escolar. O cinema e a TV são dotados de linguagem própria e compreendê-los vai além da simples apreciação de imagens e sons, assim como ler é mais do que decodificar palavras.
É preciso propor a leitura reflexiva desses meios, em um determinado contexto, com sua linguagem peculiar, sua manifestação cultural, bem como possibilitar o espaço da criação usando essa linguagem, extrapolando o papel passivo da recepção da imagem e do som. Soma-se a isso a possibilidade de criar o diálogo entre as diferentes mídias, comparando-se características e informações obtidas em cada uma delas. É preciso educar para se viver a ( e na) Sociedade da Informação, com toda a sua gama de produção cultural. Somente a prática reflexiva traz novas perspectivas aos processos educativos.


1) O filme visto traz variados elementos para se pensar a atuação de educadores e a relação de ensino-aprendizagem. E, por outro lado, é suscitada uma reflexão fundamental acerca do educar em si.
Para você, nesse momento, o que significa o ato de educar? Quais são suas implicações?Como ele deve ser elaborado?



2- Ame ao próximo como a si mesmo. Ensino cristão baseado nas palavras de Jesus Cristo não é devidamente compreendido como deveria. As pessoas costumam levar as palavras ao pé da letra e associar esse breve e profundo enunciado ao verbo amar em seu sentido mais literal. Poucos são aqueles que extrapolam a compreensão mais imediata do vocábulo e o entendem, nesse contexto, como respeitar aos próximos, tratar os mesmos com decência ou ainda admitir as diferenças e valorizar as mesmas como parte da diversidade humana que nos leva ao crescimento. Parece que sempre queremos impor princípios, modelos, práticas e ações que levem os demais a serem parecidos conosco. Falamos em demasia e escutamos muito pouco. As próprias escolas, em particular aquelas que ainda baseiam sua ação quase que exclusivamente no modelo mais tradicional de educação, realizam monólogos e dão pouca vazão ao conhecimento e a história de vida dos alunos. Desvaloriza-se tudo aquilo que o estudante tem de experiência ao mesmo tempo em que se impõe aos mesmos, goela abaixo, saberes que são considerados “essenciais” A intolerância é, sabidamente, cultural. É um conceito construído ao longo de nossas existências. A tolerância, em contrapartida, parece nascer com cada ser humano... Será que não está na hora de rever tudo isso?com cada ser humano. As crianças constituem o maior exemplo disso. Não há cerceamentos e restrições no contato com outros seres humanos entre os pequenos. Para eles, o importante é interagir, brincar, trocar, tocar, abraçar, jogar,... Será que podemos aprender as lições das crianças?

3- Ler e escrever são elementos básicos da civilidade. Projetos de leitura, atividades de produção escrita regular, valorização dos livros e da literatura, espaços para a divulgação daquilo que está sendo produzido nas escolas pelos alunos no que tange a textos ou ainda a ampliação dos espaços de leitura são realidades e preocupações que vemos em nossas escolas?


4- Faça uma colagem utilizando imagens e letras reproduzindo uma mediação entre professor e aluno que leve a um processo construtivo do ato de educar.

ATIVIDADE - FICHA INTERPRETATIVA DO FILME NARRADORES DE JAVÉ

ESCOLA MUNICIPAL “VICENTINA ABREU SILVA”

ENSINO FUNDAMENTAL 2º BIMESTRE

Ano/Série:9º           Prof.: Cibele           Valor: 10.0        Data:02/06/2009

Disciplina: Língua Portuguesa -  Ficha Interpretativa do filme Narradores de Javé

Aluno(a):                                            Pontos Obtidos:



“O que é registro, seja em escultura, na arquitetura, ou em escritos... é história. O que não se registra cai no reino das lembranças e vira lenda.”
Madalena Freire (adaptado)

       Vale de Javé, interior da Bahia. A rotina pacata do pequeno vilarejo é abalada por uma notícia que mudaria definitivamente a vida dos moradores: o povoado seria extinto com a implantação de uma barragem. O “progresso” chegaria ao sertão baiano, trazendo consigo as águas, inundando as ruas daquela cidadezinha, destruindo as casas, a igreja - o espaço de toda a gente que lá estava.
A comunidade reuniu-se para tentar salvar Javé do dilúvio que se anunciava. E a única solução seria transformar o vilarejo em patrimônio histórico, de maneira que ele fosse tombado e, assim, não pudesse ser engolido pelas águas do desenvolvimento. Para o povo de Javé, seria uma tarefa difícil, já que eles não conseguiam visualizar nada que fosse realmente importante e digno de ser eternizado. A única riqueza daquele lugar eram os casos tradicionalmente contados sobre o Vale de Javé - segundo o povo de lá, algo de grande valia. Decidiu-se então fazer um “dossiê científico”, um livro que documentasse os grandes e nobres feitos da História do vale. Num espaço habitado por talentosos contadores de história, em sua maioria analfabetos ou semi-analfabetos, quem escreveria tal documento?
O trabalho caberia a Antônio Biá, um malandro de caráter duvidoso, odiado por quase todos devido às traquinagens que já havia cometido. Mas era ele o único de escrita fluente naquelas redondezas. A população de Javé não tinha outra opção, a não ser contar com a letra de Biá. E assim ele ficou encarregado de ouvir morador por morador e registrar a grandiosa história do vilarejo, salvando o povo da inundação e livrando a cidade de ser devorada pelo progresso.


1) Um filme, como qualquer obra de arte, possibilita várias leituras, pois cada espectador tem seu próprio universo de informação e percepção.Como você, em poucas palavras, registraria a história de Javé?

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2) Obra narrativa de ficção, Narradores de Javé possui uma estrutura em que várias narrativas se encaixam umas dentro das outras, abrem espaço umas para as outras. Trata-se de um filme que retrata uma realidade atual brasileira. O Governo Federal, por meio do Ministério de Minas e Energia, em parceria com grandes empresas, tem amparado projetos de produção de energia hidrelétrica, através da construção de barragens fornecedoras. Vários projetos para a criação de usinas têm tornado necessária a destruição de povoados e municípios ribeirinhos.
Escreva um parágrafo envolvendo a construção de barragens e a conseqüente desconstrução de memórias de um povo.Não se esqueça de relacionar seu texto ao filme visto.

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3) O filme narrativo de ficção também tem o objetivo de contar uma história.Narrar está relacionado à procura de respostas para as questões fundamentais do homem. Contando os casos que conhecem sobre os fundadores e o passado da cidadezinha, os narradores perseguem a própria origem. Qual a finalidade de buscar o passado de Javé?

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4) Ainda no começo do filme, quando surge o primeiro flashback, vê-se a imagem de um sino tocando, e, logo depois de pessoas correndo em direção à igreja. O que essas imagens querem nos revelar?

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5) A imagem abaixo nos mostra um lápis cujo riscar acompanha a trajetória de uma formiga sobre o papel. O próximo plano mostra que Biá é quem segura esse lápis, e que a página rabiscada faz parte do caderno onde ele deveria estar escrevendo a “grande história de Javé”. Como você interpreta essa cena? Elabore um breve comentário.



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6) O filme é uma homenagem aos contadores de histórias, aos contadores de causos. Se ocorridos ou inventados não importa, e sim a sedução que exercem. O passageiro que perde o horário da embarcação ganha o abrigo (o quartinho dos fundos), mas, principalmente, ganha o entretenimento, a história do Vale de Javé narrada como se acontecida. Se Homero é evocado no filme para comparação com Antônio Biá é porque, com igual importância, podemos evocar os contadores dos contos de uma tradição brasileira, ameríndia e afro-descendente.

Assinale com X a alternativa de um aspecto forte que o filme suscita e que remete à história do Brasil:

a) (   ) O acesso à terra, o direito ancestral dos povos americanos, direito que é continuamente usurpado por outra forma de relação com a terra introduzida nesse continente pelos europeus desde os primórdios da colonização.

b) (   ) A exploração da terra pelos índios americanos e bolivianos descaracterizam as plantações e criações de gado.

c) (   ) Antônio Biá, um malandro de caráter duvidoso, odiado por quase todos devido às traquinagens que já havia cometido. Mas era ele o único agricultor influente naquelas redondezas.

d) (   ) Nenhuma das alternativas anteriores.

7) Numere os acontecimentos abaixo de 1 a 6 na seqüência em que eles aparecem no filme:


(   ) Passam então a realizar um trabalho de memória, evocando lembranças, imaginando um passado épico, uma “história grande” do Vale de Javé, com heróis forjados e requisitados pelos homens – Indalécio – e pelas mulheres mais ousadas - a Maria Dina.

(   ) E, nessa trama que visa buscar as origens de Javé, aparecem múltiplos elementos da memória individual e coletiva, como por exemplo, a história dos gêmeos, presente nos mitos de origem dos povos indígenas brasileiros.
(   ) Ao entrevistar vários dos moradores mais antigos, Antônio Biá percebeu que todos contavam a história "puxando a sardinha" para as suas respectivas famílias. E a graça reside no fato da memória oral privilegiar alguns detalhes que favorecem uns em detrimento de outros. Como diz o nosso Biá: "uma coisa é o fato acontecido, outra é o fato escrito".

(   ) Biá, revela aos moradores o que pensa: para ele, o livro não salvará o povoado da inundação. Biá diz:
O que nós somos é um povinho desmilingüido que quase não escreve o próprio nome,
mas inventa histórias de grandeza pra esquecer a vidinha rala, sem futuro nenhum! E
ocês crê mesmo que os homens vão parar a represa e o progresso por um bando de
analfabeto? Não vão, não. Isso é fato. É científico!.

(   ) Diante da ameaça concreta de inundação de suas terras e sem nenhuma documentação formal que comprove que elas lhes pertencem, surge a necessidade de usar a escrita

(   ) Zaqueu, interpretada por Nelson Xavier, sugere a seus conterrâneos que eles devem transformar Javé em patrimônio tombado, e esclarece:
Porque se Javé tem algo de bom são as histórias de origem, dos guerreiros lá do começo, dos casos que "ocês" vivem contando e recontando. E isso, gente, é história de patrimônio, história grande, acontecimento de fazer arregalar os olhos de morador de muita cidade e capital!


8) Completar as frases relacionadas ao filme, de acordo com as palavras abaixo:

Bravura - origem heróica – documentos – época - sujeitos

final - “engolida pelas águas” – agente - cotidiana

heróis – ouro - aceitaram – Indalécio- diferente - Maria Dina


a) Para salvar o povoado de Javé, os moradores só visualizam uma alternativa: forjar uma história de_____________.

b)Os primeiros moradores habitavam uma região onde havia sido localizado ____________. Mediante esse fato, a Coroa Portuguesa resolveu expulsa-los para melhor explorar o rico minério.

c) Os moradores não ____________ sair de suas terras pacificamente e entraram em guerra contra a Coroa.No entanto, não conseguindo vencer os soldados do rei português, saíram em “retirada”.

d) Depois de muito caminharem o forte, corajoso e destemido líder, ____________, encontra as terras férteis batizadas de Javé, onde passam a habitar.

e) Outra moradora fornece uma versão ____________para o mesmo fato. Não foi o forte Indalécio quem encontrou as terras, mas a corajosa_______________.

f) Indalécio ou Maria Dina pouco importa, o que interessa é que os moradores de Javé eram descendentes de um grupo de guerreiros e destemidos, trazendo a___________ no sangue.

g) A história da ________________________do povoado é repetida por outros moradores e parece que somente essa tem importância.

h) Quando dois irmãos, o Gêmeo e o Outro, contam a história do casamento dos pais e dos problemas de filiação de um deles, a pergunta é uníssona: mas isso é história pra por no livro? A partir das lembranças e dos ___________________(fotos e registros) dos irmãos poderia ser constituída uma história dos hábitos e costumes matrimoniais: ritual, vestimenta, meses mais comuns de casamento, além de recuperar valores e a mentalidade de uma ________________.

i) Nesse momento, os moradores reconhecem como __________ da história de Javé apenas o líder corajoso e destemido, seja Indalécio ou Maria Dina.

j) Em Narradores de Javé, os habitantes só se reconhecem como sujeitos da
história no ______________ do filme, quando a comunidade já foi________________: “eu estava lá quando as águas chegaram”, ou ainda, “fui eu que salvei o sino”.

K) Naquele momento não era importante a história heróica dos fundadores de Javé, mas como cada um se viu como _____________ do processo histórico, nele interferindo e com ele dialogando.

l) Descobriram, afinal, que a história de Javé era a história de cada um, a história de anônimos e ___________________cotidiana.


9)Assinale com X a alternativa correta:

Numa das cenas finais do filme, Antônio Biá (José Dumont), revela aos moradores o que pensa: para ele, o livro não salvará o povoado da inundação. Biá diz:
O que nós somos é um povinho desmilingüido que quase não escreve o próprio nome, mas inventa histórias de grandeza pra esquecer a vidinha rala, sem futuro nenhum! E "ocês crê" mesmo que os homens vão parar a represa e o progresso por um bando de "analfabeto"? Não vão, não. Isso é fato. É científico!...

O desabafo de Biá pode dar margem a várias interpretações, exceto:

a) (   ) ele próprio duvida das histórias que ouviu para registrar no livro e, como não há prova cabal do que foi dito, põe em xeque a credibilidade dos casos passados de geração em geração;

b) (   ) ao fazer isso, Biá acredita que todo o esforço de registro será em vão, pois os "castelos de areia" construídos pelos narradores de Javé se desmancharão rapidamente nas águas da hidrelétrica;

c) (   ) ao crer que o povo da cidadezinha não terá voz diante dos “homens” que vão construir a represa, ele revela como gente humilde e casos contados oralmente podem ser desvalorizados pela História, pela ciência e pelo desenvolvimento e podem até deixar de existir socialmente;

d) (   ) dessa maneira, a personagem não coloca em questão a situação de abandono e crédito em relação à identidade de povos inseridos em culturas marcadamente escritas.

10) Assinale com X a alternativa correta:

A cena em que Antônio Biá, imerso até os quadris nas águas da represa que já cobre quase toda a cidade, chora assistindo à chegada das águas e abraçando o caderno em que não registrou a história do Vale de Javé. É possível inferir que tal cena toma, simbolicamente, a dimensão:

a) (   ) da frustração e da tristeza de Biá e dos outros moradores do povoado;
b) (   ) das versões dos narradores, repetem-se os mitos do povo guerreiro, do herói, da terra predestinada e do profeta;
c) (   ) sobrenatural ao momento do encontro entre o povo e as terras de Javé, indicadas misticamente por aves noturnas;
d) (   ) nenhuma das alternativas anteriores.

 Divirta-se com algumas expressões típicas do vocabulário de Antonio Biá:

bovil=canil de boi
nome sobrenome e pronome
não confunda habeas corpus com corpus christ
seu tamburete de forró...piaba de silicone
seu exu de galinheiro... tu é o cao chupando manga e fala que nem os 600 cão
aqui ta um reveillon de muriçoca... eu sou pokemon de Jesus??!!
me da aquela cachacinha diet...seu omelete de cupim...sua manicure de lacraia
Agora vc pode namorar ate serrote...vc ta um pao..so nao sei de qtos dias...
ô saudade louca..a minha muita a sua pouca...eu sou todo errado...entro sem pedir licença e so saio se for mandado...nao gosto de caneta...tu escreve e se erra...nao pode corrigir...fica assim..aquela desinteria de tinta...
O senhor nao sabe o que é caatinga de cheiro...ele contou recontou e descontou...respire,transpire e fale...vc vai estrear o capitulo...o dna da jararaca..
"nome, sobrenome e pronome...";
"Caim e Abel. Sem o Abel!";
"Mocó de microondas"...

Uma coisa é o fato acontecido, outra coisa é o fato escrito. O fato acontecido tem de ser melhorado no escrito de forma melhor para que o povo crêia no acontecido..!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Muito bom ..não poderia deixar de postar aqui...


LER DEVIA SER PROIBIDO
Guiomar de Grammon

A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido.
Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular um curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova... Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um.
Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.
Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos... A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
Ler pode tornar o homem perigosamente humano.


In: PRADO, J. & CONDINI, P. (Orgs.). A formação do leitor: pontos de vista. Rio de Janeiro: Argus, 1999. pp.71-3.

terça-feira, 27 de outubro de 2009




AVANÇANDO NA PRÁTICA – TP3 – PÁGINAS 41-42

TEMA: Gênero textual fábula

SÉRIE: 5ª série (6º ano)

TEMPO ESTIMADO: 6 aulas

JUSTIFICATIVA:

Por meio desta aula, o aluno deverá entender que texto é toda e qualquer unidade de informação no contexto da interação e que eles estão presentes em nosso dia a dia sob as mais variadas formas; e que uma dessas formas é a fábula.

OBJETIVOS:

- Identificar características que levam à classificação de um gênero textual.
- Identificar a finalidade de textos de gêneros diferentes.
- Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.
- Estabelecer relação causa/conseqüência entre partes elementos do texto.
- Reconhecer fábula como uma narração breve cujos personagens são geralmente, animais, e que contém um ensinamento, uma lição de sabedoria - a moral da história.

DESENVOLVIMENTO

- Iniciar a aula no laboratório de informática, onde os computadores já estarão na página selecionada http://www.contandohistoria.com/fabulas.htm
- Explorar juntamente com os alunos o site, lendo as histórias e observando as ilustrações.
- No segundo momento iniciar a aula com a leitura de uma fábula retirada do livro “A magia das virtudes”.
- Dividir a turma em grupos, entregar a cópia de uma fábula para cada grupo e pedir que descubram a moral.
- No terceiro momento apresentar em lâminas as duas versões da fábula. A cigarra e a formiga (a formiga boa e a formiga má) e discutir o comportamento da formiga nas duas versões.
-Apresentar a terceira versão destacando a forma poética utilizada. Questionar se a narrativa em forma de poema poderia ser classificada como fábula.
- Relacionar o texto aos demais, explicitando as características que fazem deles uma fábula: personagens, temas, intenções do autor, conclusões do leitor.
- No quarto momento dividir a classe em grupos novamente e pedir que produzam uma fábula, não especificando se em forma de narrativa escrita, poema ou quadrinhos.
- No quinto momento os grupos deverão trocar os textos para que sejam lidos e corrigidos por outros grupos.
- No sexto momento o grupo deverá fazer a reescrita do texto.

LIÇÃO DE CASA – COMENTÁRIOS SOBRE A ATIVIDADE

Sinto que os alunos estão cada vez mais animados, mais envolvidos e mais comprometidos as atividades realizadas nas aulas de Língua Portuguesa. Vejo a disposição deles na execução das atividades lúdicas e também nas atividades que exigem um pouco mais de esforço.
Eles gostam muito de atividades variadas, principalmente as que envolvem o uso do computador. Muitos ainda não possuem, e ficam maravilhados quando têm a oportunidade de trabalhar na sala de informática.
Outro momento interessante que destaco foi quando a classe se dividiu em grupos para identificar a moral das fábulas. Eles se entrosaram e rapidamente responderam as questões propostas.
Tenho obtido respostas além das esperadas desde que procurei inovar e preparar as aulas da forma como nos é passada pelo Programa Gestar, através das orientações de nossa formadora.

AVANÇANDO NA PRÁTICA - TP1 – PÁGINA 17

TEMA: Leitura oral e produção textual

SÉRIE: 5ª série (6º ano)

TEMPO ESTIMADO: 5 aulas

JUSTIFICATIVA:

Por meio desta aula, propor aos alunos a leitura dramática da crônica lida e fazer com que os mesmos produzam sua própria crônica, utilizando-se dos elementos narrativos já abordados em aulas anteriores.

OBJETIVOS:

- Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que compõem a narrativa.
- Estabelecer relação causa/conseqüência entre as partes e elementos do texto.
- Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
- Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão.
- Descobrir através da leitura os vários tons usados pelas personagens.
- Observar através da leitura a importância e as características do discurso direto.
- Desenvolver a criatividade ao produzir uma narrativa reconhecendo todos os elementos necessários para tal.

DESENVOLVIMENTO

- Apresentar o título da crônica e levantar questões relacionadas à mesma.
Você vai ler um texto cujo título é “A estranha passageira”. Antes, porém, vai fazer previsões sobre ele. Depois da leitura, você poderá compará-las com os significados do texto.
Para fazer as previsões, considere as perguntas abaixo:
A história é mais voltada para a realidade ou para a ficção?
Por que será que a passageira é estranha?
Quem é ela?
É passageira de automóvel? Trem? Navio? Avião?
Quem será o narrador, isto é, quem conta a história?
Será sério esse texto? Ou engraçado? Ou triste?Para saber, vamos à leitura!

- Anotar no quadro todas as hipóteses levantadas pelos alunos nesse momento.
- Entregar a cópia do texto a cada aluno e analisar a gravura ali presente.
- O professor deverá realizar uma leitura dramática da crônica e logo após analisar com os alunos se as hipóteses levantadas estariam corretas.
- Realçar no texto as características formais do discurso direto, que é a forma escolhida pelo autor para apresentar a fala ou o pensamento das personagens, além de enfatizar as características de uma crônica.
- Dividir a sala em grupos para ensaiar a leitura dramatizada. Os próprios alunos deverão fazer a distribuição de papéis, incluindo o narrador e até mesmo pensar no tipo de voz e sexo das personagens. O grupo todo deverá opinar sobre o tom e ritmo adequados.
- Após a preparação, os grupos apresentarão suas leituras dramatizadas.
- No segundo momento, pedir que voltem ao texto e marquem as palavras cujos significados ainda não estão claros.
- Anotar no quadro todas as palavras marcadas por eles.
- Pedir que os mesmos se agrupem novamente e produzam uma narrativa utilizando as palavras destacadas por eles.
- Após o término da atividade, os grupos deverão socializar seus textos, promovendo a leitura dos mesmos.
- No terceiro momento os alunos (ainda nos grupos) deverão reescrever seus textos, corrigir possíveis erros, consultar os dicionários para conferir a escrita correta das palavras e também para conhecer o significado das palavras desconhecidas marcadas por eles.

LIÇÃO DE CASA – COMENTÁRIOS SOBRE A ATIVIDADE

Os alunos demonstraram muita curiosidade quando coloquei apenas o título da crônica e a partir daí realizamos os questionamentos. Todos quiseram participar dando sua opinião. Percebi um interesse muito maior para a leitura quando eles receberam a cópia do texto. Queriam saber logo quem era a estranha passageira.
Eles se envolveram nos grupos quando realizaram a leitura dramatizada.
Na socialização dos textos houve um envolvimento muito grande; todos queriam ouvir os textos. E foi um festival de risos, pois as palavras desconhecidas adquiriram significados totalmente diferentes do real.
Os objetivos da aula foram alcançados. Os alunos gostaram e pediram outras aulas “gostosas e engraçadas” como essa da passageira.
















AVANÇANDO NA PRÁTICA - TP2 – PÁGINA 128

TEMA: Leitura e produção escrita de quadrinhos

SÉRIE: 5ª série (6º ano)

TEMPO ESTIMADO: 10 aulas

JUSTIFICATIVA:

Por meio desta aula, explorar a linguagem visual utilizada nos quadrinhos, conhecer e reconhecer os tipos de balões utilizados e desenvolver o gosto pela leitura ao promover um ambiente lúdico de ensino aprendizagem.

OBJETIVOS:

- Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso.
- Localizar informações explícitas em um texto.
- Inferir uma informação implícita em um texto.
- Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.
- Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
- Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
- Reconhecer o efeito de sentido decorrido da escolha de uma determinada palavra ou expressão.
- Utilizar recursos da mídia eletrônica, como a Internet, para pesquisar sobre a história dos quadrinhos e tipos de balões utilizados.

DESENVOLVIMENTO

- Em ambiente externo, no pátio da escola, debaixo das árvores, promover uma roda de leitura onde o texto focado é um texto visual do cartunista Quino localizado na página 160 do livro adotado (Leitura, produção, gramática).
- Explorar os detalhes dos quadrinhos e discutir os tópicos apresentados na página 161. Relacionar o tema dos quadrinhos às comemorações da Semana do Meio Ambiente. (as atividades foram desenvolvidas durante o mês de junho).
- O professor deverá ler com dramaticidade o texto da página 174 do mesmo livro, A magia das árvores.
- Relacionar a narrativa lida com os quadrinhos vistos anteriormente.
- Apresentar uma história em quadrinhos onde Calvin e Haroldo, personagens dos quadrinhos, refletem sobre certas atitudes do homem frente à natureza.
- Promover em classe, juntamente com os alunos, uma discussão sobre o comportamento do homem frente à natureza.
- Pedir aos alunos que assistam a tv e relatem alguma reportagem interessante sobre a semana do meio ambiente.
- Visitar o laboratório de Informática da escola e pesquisar sobre a origem dos quadrinhos, a linguagem utilizada e os tipos de balões usados na composição dos mesmos. (Os alunos deverão utilizar os sites indicados pelo professor).
- Realizar novo momento de leitura, onde os alunos vão observar em uma revista em quadrinhos, os tipos de balões, a fala e principalmente as onomatopéias encontradas nas histórias.
- Recortar e colar no caderno os tipos de balões pesquisados.
- Apresentar aos alunos a narrativa curta de uma piadinha e pedir que transformem a piada lida em quadrinhos, mantendo as mesmas falas, personagens e história.
- Apresentar nova história em quadrinhos e pedir aos alunos que reescrevam a mesma, agora em forma de narrativa escrita, observando as falas e os detalhes, reproduzindo fielmente a história.

LIÇÃO DE CASA – COMENTÁRIOS SOBRE A ATIVIDADE

Todos os alunos se envolveram na realização das atividades propostas. Cada um queria produzir quadrinhos mais bonitos e coloridos que o outro.
Percebi claramente o prazer quando os mesmos visitaram o laboratório de informática e acessaram os sites para a pesquisa, principalmente o da Mônica, onde puderam se divertir com as tirinhas encontradas.
Observei também que os alunos agora gostam mais das aulas de Língua Portuguesa pelas atividades variadas. Nem bem eu chego à escola eles já me perguntam o assunto da aula e se tem novidades.





AVANÇANDO NA PRÁTICA - TP2 – PÁGINAS 120 - 121

TEMA: Leitura e apreciação de poemas

SÉRIE: 5ª série (6º ano)

TEMPO ESTIMADO: 3 aulas

JUSTIFICATIVA:

Por meio desta aula, estimular o gosto pela linguagem poética ao despertar no aluno a sensibilidade para a emoção, para a beleza e para o envolvimento com o jogo das palavras e da fantasia.

OBJETIVOS:

- Identificar recursos expressivos dos textos em prosa e verso.
- Reconhecer as características da linguagem poética.
- Sensibilizar o aluno para a beleza da construção poética.
- Analisar os recursos poéticos aliados à sonoridade.
- incentivar os alunos a lerem poemas, observando o ritmo, a sonoridade, a
musicalidade e a expressividade que são fundamentais nesse tipo de texto.

- DESENVOLVIMENTO

- Iniciar a aula com a apresentação do poema Convite, de José Paulo Paes.
- Entregar uma cópia a cada aluno e dizer a eles que a partir daquele momento eles estão convidados a uma viagem ao mundo mágico e encantado das palavras.
- Apresentar para os alunos o livro da Eva Furnari, ”Assim Assado”, que trabalha com o jogo de palavras, como se vê nas quadrinhas abaixo:

Era uma vez...
Um elefante delicado,
Levou uma bronca
Ficou emburrado.

Era uma vez...
Uma velha coroca
Foi pro jardim,
Conversar com minhoca.

- Ler para a turma alguns poemas do livro “Ou isto ou aquilo”.
- Observar a presença de rimas e de estrofes nos poemas apresentados.
- No segundo momento levar para a sala de aula cd com poemas musicados: A arca de Noé e Vinícius para crianças.
- Analisar as composições, relacionando a linguagem dos poemas à presença das rimas e jogos de palavras.
- No terceiro momento levar para a classe livros e coletâneas diversas de poemas de vários autores e deixar livre para apreciação dos alunos.
- No quarto momento abrir um espaço para aqueles que gostam de ler as poesias em voz alta para a classe.

LIÇÃO DE CASA – COMENTÁRIOS SOBRE A ATIVIDADE

Foi uma atividade muito simples de ser realizada, mas que repercutiu, pois grande parte dos alunos quiseram ler os poemas em voz alta e comentar a leitura dos colegas.
Alguns se divertiram muito com os poemas lidos.


“(...) Nas aulas de poesia, Dona Maria caprichava. Abria o caderno, e não só lia poemas, mas escrevia fundo em nosso pensamento as idéias mais eternas. Ninguém suspirava, com medo da poesia ir embora: Olavo Bilac, Gabriela Mistral, Alvarenga Peixoto e “Toc, toc, tamanquinhos”. Outras vezes declamava poemas de um poeta chamado Anônimo. Ele escrevia sobre tudo, mas a professora não falava de onde vinha nem onde tinha nascido. E a poesia ficava mais indecifrável...”
Bartolomeu Campos de Queirós



AVANÇANDO NA PRÁTICA - TP2 – PÁGINA 95 (OUTRA ATIVIDADE PROPOSTA)

TEMA: Cinema, dança e representação teatral como obras de arte

SÉRIE: 5ª série (6º ano)

TEMPO ESTIMADO: durante todo ano letivo

JUSTIFICATIVA:

Por meio desta aula, estimular o gosto pela linguagem cinematográfica ao despertar no aluno a sensibilidade para a emoção, para a beleza e para o envolvimento entre imagem e som. Um filme, como qualquer obra de arte, possibilita várias leituras, pois cada espectador tem seu próprio universo de informação e percepção. No caso do filme A corrente do Bem o professor/educador pode ser o mediador para que esse universo venha à tona, enriquecendo assim as várias discussões que o filme pode suscitar dentro e fora da sala de aula em seus vários desdobramentos, seja pelo seu tema central ou pelos secundários.

OBJETIVOS:

- Identificar recursos expressivos em imagens e sons.
- Reconhecer as características da linguagem poética.
- Sensibilizar o aluno para a beleza da construção cinematográfica.
- Proporcionar ao aluno momento para pensar sobre sua conduta e a dos outros a partir de princípios;
- Reconhecer valores.
- Adotar, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças e discriminações.
- Evidenciar respeito mútuo como condição necessária para o convívio social democrático: respeito ao outro e exigência de igual respeito para si.
- Desenvolver a atitude de justiça para com todas as pessoas e respeito aos seus legítimos direitos.
- Trabalhar a disposição para ouvir idéias, opiniões e argumentos alheios e rever pontos de vista quando necessário.
- Reconhecer no outro e em si a sensibilidade e a disposição para ajudar as outras pessoas, quando isso for possível e desejável.

- DESENVOLVIMENTO

- A metodologia a ser utilizada seguirá a tendência afetivista, que procura fazer com que cada um tome consciência suas orientações afetivas concretas, na
esperança de que, de consigo mesmo, possa conviver de forma harmoniosa com seus semelhantes.
- Os alunos terão uma sessão de vídeo, onde o filme exibido será “A Corrente do Bem”.
- Logo depois discutirão sobre o filme em sala de aula, adequando o tema à realidade da turma.
- A professora conduzirá o debate sobre valores, regras de comportamento, convivência social, solidariedade etc., fazendo relação entre o que era aceito pela sociedade em outras épocas com a nossa atual. Como tarefa de casa deverão assistir a programas de TV e rádio (noticiários, novelas, programas, documentários, desenhos animados, propagandas, etc.), e trazer situações onde reconheçam valores positivos.
- Em outra oportunidade, compartilharão com os colegas, de forma oral, o que viram/ouviram com relação ao tema e a fonte onde assistiram e de forma escrita, para a professora.
-No Laboratório de Informática, pesquisarão sobre outras histórias com o mesmo assunto, os significado de palavras que aprenderam e exemplos de ações que podem mudar o nosso dia-a-dia e o mundo a nossa volta, por exemplo, no meio ambiente.
-Durante as aulas serão trabalhados textos biográficos sobre a vida de grandes líderes defensores da paz e da humanidade em geral, tais como Gandhi, Nelson Mandela, Madre Tereza de Calcutá e outros.
- Estudar o texto narrativo A história de Sadako Sassaki, uma garota que luta para contra o câncer com o apoio dos amigos.
- A turma irá listar as ações que podem começar a agora para mudar a realidade deles em casa e na escola. O tema possibilita trabalhar a interdisciplinaridade e deverá ser aproveitado para tal.

- Forma de socialização das produções:

Confecção de cartazes e faixas, textos e outras formas de manifestação do pensamento com gravuras, desenhos, frases, etc. para expor nos corredores da escola convidando as pessoas a participar da “Corrente do Bem”, evidenciando as notícias positivas da vida informadas pelas mídias.

LIÇÃO DE CASA – COMENTÁRIOS SOBRE A ATIVIDADE

Percebi que os alunos estão aprendendo a respeitar os diferentes pontos de vista e usando o diálogo como instrumento de comunicação na produção coletiva de idéias e na busca de solução de problemas, além de começar a participar de atividades em grupo com responsabilidade e colaboração.
O Projeto denominado “A corrente do Bem” conseguiu envolver os alunos, na reflexão, na participação oral e escrita, individual e em grupo.
Os alunos realizaram uma atividade interdisciplinar de Língua Portuguesa e Educação Física durante a apresentação de uma coreografia no aniversário da escola dia 29/05/09.

1)A Corrente do Bem e o esporte: (música de fundo: eye of the tiger)

No lugar de brigas de gangues deveríamos direcionar nossas forças através de uma prática saudável que é o esporte.
As artes marciais valorizam a disciplina, incentivam o respeito, ensinam regras e limites.





2) Não permita que as balas perdidas façam mais vítimas. Troque as armas pela arte, pela música, pela dança!(música de fundo:Thriller)








3) Diga não às drogas, à prostituição infantil e ao abuso sexual. Adolescente não tem que ser mãe; tem que estudar, garantir um futuro, aproveitar essa fase para brilhar na dança, no esporte, na vida... (música de fundo: Uma partida de futebol)













4) Tudo começa com a família... a base, a estrutura, o modelo...(música de fundo: Sagrada Família)





5) Mas a família conta com um apoio especial: a escola. E a E.E.C.C.Garcia completa mais um ano de existência cumprindo um papel fundamental: sempre incentivando o bem. Que nossa escola possa ajudar a transformar a comunidade, a sociedade através dessa Corrente do Bem!(música de fundo: A paz)










Que juntos possamos transformar a nossa realidade. Corrente do bem!
Faça parte você também... Vem...





AVANÇANDO NA PRÁTICA – TP3 – PÁGINA 74- 75

TEMA: letras de música e texto informativo

SÉRIE: 5ª série (6º ano)

TEMPO ESTIMADO: 2 aulas

JUSTIFICATIVA:

Por meio desta aula, o aluno deverá distinguir as características de gênero literário e não literário e caracterizar uma das formas de realização do gênero poético: a música.

OBJETIVOS:

- Identificar diferenças e semelhanças na organização de textos utilizados em diversos contextos de uso linguístico.
- Identificar a finalidade de textos de gêneros diferentes.
- Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.
- Estabelecer relação causa/conseqüência entre partes elementos do texto.
- Caracterizar gênero poético, de acordo com a função estética da linguagem.

- DESENVOLVIMENTO

- Levar para os alunos as letras das músicas Planeta Água (Guilherme Arantes) e Planeta Azul (Chitãozinho e Xororó).
- Cantar com eles, acompanhando a música e seguindo a letra por escrito.
- Interpretar com eles, oralmente, analisando tema, autor, leitor, ouvinte, formas de expressão, idéias sugeridas ou explícitas, as razões por que os alunos gostam ou não da música.
- Comparar com o texto informativo sobre as águas, encontrado na Revista do Projeto Semeando. Identificar o escritor do texto, a finalidade, quem é o leitor.
- Analisar a linguagem utilizada nas músicas e no texto informativo.
- Levar os alunos a reconhecer que gêneros textuais estão em toda parte, não apenas na escola.
- Recortar imagens e palavras que se relacionam com o tema dos textos estudados.
- Elaborar painéis artísticos com as palavras e imagens recortadas.

- LIÇÃO DE CASA – COMENTÁRIOS SOBRE A ATIVIDADE

Os alunos participaram de todas as atividades, principalmente canto e montagem dos painéis. Alguns demonstraram maior gosto, pois uma das músicas estudadas era sertaneja e a escola onde foi trabalhada a atividade é uma escola localizada na zona rural.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

LI E GOSTARIA DE COMPARTILHAR

SHERAZADE E O VALOR DO AMOR

(Texto adaptado do livro “ A pedagogia do amor” , de Gabriel Chalita)

Sherazade é, sem dúvida, a grande dama de As mil e uma noites, um conjunto de histórias cujos registros não nos permitem conhecer as datas exatas em que foram escritas, tampouco a sua autoria. Os diferentes gêneros que compõem as narrativas – contos, fábulas, lendas, novelas, parábolas, anedotas e aventuras de caráter exótico – bem como a mistura de referências geográficas e culturais existentes nas tramas tornam praticamente impossível creditar os textos a um único autor.
A personagem Sherazade, no papel de narradora, é a espinha dorsal que sustenta todos esses fantásticos enredos orientais. Ela é a detentora dos mistérios, das lendas e tradições que, há milhares de anos ,vêm seduzindo leitores e ouvintes de todas as nacionalidades.
Essa história específica relata que o poderoso sultão Shariman, do antigo Oriente, foi vítima da infidelidade da primeira esposa e, por isso, jurou a si mesmo jamais confiar novamente no amor de uma mulher. Dono absoluto do poder em Bagdá, Shariman decidiu que se casaria com uma mulher a cada dia e, após a noite de núpcias, mandaria executá-la ao nascer do Sol. Dessa maneira, imaginava o triste sultão que evitaria novas traições. Muitos foram as jovens escolhidas para desposá-lo. Suas famílias, que não ousavam desobedecer às ordens do soberano, sofriam com o cruel destino imposto às filhas: o amor fugaz e a morte iminente.
Algumas donzelas, aterrorizadas com a possibilidade de serem escolhidas por Shariman, fugiam para lugares distantes. E assim todos os domínios de Bagdá viviam sob o terror da triste e amarga história de seu sultão.
Chegou, enfim, o dia em que o vizir Mustafá, encarregado por Shariman de escolher suas futuras esposas, não encontrou mais nenhuma jovem para levar ao seu senhor. Já era bem tarde quando o vizir entrou em casa, com uma expressão séria no rosto, preocupando suas duas filhas, Sherazade e Deniazade. A mais velha, Sherazade, percebendo a tristeza e o nervosismo do pai, propôs uma solução que resolveria o problema não só do querido pai mas de todo o reino: oferecer-se como esposa ao rancoroso sultão. Mustafá tentou demover a filha dessa idéia arriscada, mas a bela jovem estava determinada a pôr em risco a própria vida para salvar o povo do reino de Bagdá.
A formosa e perspicaz Sherazade consumia seus dias na leitura de histórias, ouvindo, encantada, as mais diversas lendas e contos, instruía-se nas ciências e, além de tudo, era dotada de memória prodigiosa. Sua inteligência, aliada ao mundo mágico desvendado pela leitura, muniu-a do raro e fascinante poder de lidar com as palavras. E era nesse seu poder de sedução que a bela jovem confiava para salvar o reino de tamanha crueldade! A sedução de narrar histórias...
No dia seguinte, Sherazade e o pai seguiram para o esplendoroso palácio de Bagdá para se apresentar ao sultão. Shariman, fascinado pela beleza da jovem, aceitou desposá-la imediatamente. A astuta noiva, no entanto, já fizera seus planos. Na noite de núpcias, conforme havia combinado com sua irmã mais nova, Deniazade chegou aos aposentos do casal chorando e pediu à irmã que lhe contasse uma de suas fantásticas histórias. Sherazade, com voz doce e melodiosa, começou então sua narrativa, prendendo a atenção do sultão e da irmã até o amanhecer. Shariman ouviu-a atentamente, encantado e ansioso pelo final. Ela, no entanto, percebendo o olhar curioso do marido, interrompeu a narrativa no ponto culminante. O sultão decidiu, então, poupar sua vida para que ela pudesse dar continuidade à história na noite seguinte.
Usando o sagaz artifício de emendar uma história na outra, Sherazade vai adiando a data de sua morte sempre para o dia seguinte. E assim, encantando e despertando a curiosidade de seu cruel esposo com suas envolventes narrativas, passaram-se mil e uma noites.
É então Sherazade, já com a imaginação esgotada de tecer tantas histórias durante aquelas infindáveis noites, se vê diante de Shariman, mas agora ele está perdidamente apaixonado e seduzido.
O nobre sultão, cuja alma sofria encarcerada pelo sentimento de vingança, liberta-se da dor e da tristeza da traição, abolindo o cruel destino das esposas, que aterrorizava todas as famílias de Bagdá.
Sherazade, além de sua extrema beleza, trazia consigo um tesouro oculto: a sedução pela palavra. Um poder que lhe valeu a própria liberdade e a libertação de uma alma, traduzida, neste conto, na transformação do ódio em uma linda história de amor.

A personagem Sherazade simboliza a importância da narrativa, das histórias, do aprendizado, da sedução do discurso e do poder da palavra na vida de todos nós.
A história de Sherazade é um exemplo da habilidade, da competência, da amorosidade e do espírito de doação existentes, em maior ou menor grau, em todas as mulheres. Porém ela nos ensina a todos, independentemente do sexo, que o conhecimento apreendido por meio das histórias é fundamental para iluminar os caminhos – muitas vezes tortuosos – de nossas vidas.
A bela e sábia personagem oriental nos ensina também que a rapidez de raciocínio, a criatividade e a capacidade de persuasão e de argumentação são imprescindíveis à resolução de problemas e ao enfrentamento das situações difíceis pelas quais todos passamos na vida.
O corpo, a fala, os gestos, o olhar, o modo como nos expressamos e nos apresentamos ao mundo ... Tudo é linguagem, tudo comunica, tudo em nós compõe a história que, dia a dia, escrevemos sem nos dar conta. Somos um complexo e requintado sistema de comunicação que emite sinais e códigos, os quais originam informações variadas aos nossos interlocutores.
Sherazade nos ensina que o que somos, pensamos e vivemos é, na verdade, um misto de todas as nossas experiências acumuladas e (re)elaboradas e o modo como elas nos tocaram desde muito antes de nossa memória consciente. Somos, por extensão, um emaranhado vivo de histórias, tanto as que protagonizamos quanto aquelas a que tivemos acesso como ouvintes ou leitores. Nós nos mesclamos a elas, nos enredamos em suas tramas e, de repente, passamos a ser a fibra forte que compõe o texto (do latim textum, que significa “aquilo que foi tecido”).
Somos, além de tecido, esponjas. Os sonhos, os exemplos, as sensações captadas nas histórias alheias são, para nós, uma espécie de alimento. Um pão todo especial que nos abastece e possibilita nosso crescimento e sadio desenvolvimento.
Precisamos buscar em nosso íntimo a sedução e a habilidade de Sherazade, de modo a transmitir a nossas crianças e jovens a beleza e a riqueza incalculável das histórias. Histórias que nos auxiliam a compor não só nossa própria personagem, enredo e obra, mas, sobretudo, histórias que nos capacitarão, com seus ensinamentos, a ser livres, cartógrafos de nossa própria geografia, escritores de textos imprescindíveis à comunidade, à sociedade, à nação, ao mundo em que vivemos.
Que Sherazade, essa musa incontestável do amor, do espírito de doação e de entrega, da sedução pela palavra e da libertação, nos alimente com seu amor fraterno, nos inspire e nos dê asas nesse voo rumo à conquista de novos aprendizes.


MAIS OFICINAS DO GESTAR II

AVANÇANDO NA PRÁTICA – TP3 – PÁGINA 25

TEMA: Gêneros textuais (biografia e receita culinária)

SÉRIE: 5ª série (6º ano)

TEMPO ESTIMADO: 2 aulas

JUSTIFICATIVA:Por meio desta aula, o aluno deverá entender que texto é toda e qualquer unidade de informação no contexto da interação e que eles estão presentes em nosso dia a dia sob as mais variadas formas.

OBJETIVOS:- Identificar diferenças e semelhanças na organização de textos utilizados em diversos contextos de uso linguístico.
- Identificar a finalidade de textos de gêneros diferentes.
- Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.- Estabelecer relação causa/conseqüência entre partes elementos do texto.
- Conhecer a história de vida de diversos autores, através da leitura de textos biográficos.- Elaborar a sua própria biografia, escrevendo-a em terceira pessoa.

DESENVOLVIMENTO
- Apresentar em cartaz a biografia de Carlos Drummond de Andrade e ao lado um cartaz com receitas culinárias.
- Analisar e comparar os dois tipos de textos, identificando os tipos de informações contidos em cada um.
- Apresentar vários livros para que os alunos leiam as biografias e comparem os estilos dos escritores.
- Propor que cada um dos alunos elabore sua própria biografia, na terceira pessoa, como foi feita a de Carlos Drummond de Andrade.

LIÇÃO DE CASA – COMENTÁRIOS SOBRE A ATIVIDADE
Foi uma atividade interessante para os alunos, pois eles relembraram fatos acontecidos desde a infância. Observei que eles encontraram dificuldades ao escrever a biografia na terceira pessoa. Nem todos os alunos gostaram da atividade, pois acharam difícil e trabalhosa.