domingo, 15 de novembro de 2009

OFICINA 11 – UNIDADES 21 E 22 – TP 6 – LEITURA E PROCESSOS DE ESCRITA II

ARGUMENTAÇÃO E LINGUAGEM



PARTE I

Na concepção de linguagem como uma forma de trabalho cultural –, consideramos que toda manifestação lingüística é também basicamente argumentativa. Ou seja: sempre que utilizamos a linguagem, estamos implicitamente alterando – ou querendo alterar – as crenças dos interlocutores, estamos implicitamente querendo convencê-los de nossas idéias. Isso porque todo ato de linguagem objetiva produzir efeitos de sentido, que podem ser concretizados em ações ou em mudança/reforço de opiniões. Mas nem sempre fazemos isso conscientemente, ou fazemos disso o objetivo maior da nossa interação verbal.
Quando temos consciência de que nosso objetivo maior ao produzir um texto é fazer o leitor/ouvinte crer em alguma de nossas idéias, classificamos esse texto como argumentativo. Nesse texto, a idéia principal para a qual buscamos a adesão do leitor/ ouvinte, o objetivo de convencimento do leitor/ouvinte, constitui a tese. Cada motivo ou razão que damos para comprovar a tese é chamado de argumento.
Dependendo da situação de comunicação, das finalidades do ato de linguagem, as maneiras de organizar a tese e os argumentos podem variar.
Uma boa argumentação depende, primeiramente, da clareza do objetivo (da tese a comprovar); e depois, da solidariedade entre os argumentos: todos devem conduzir para o mesmo objetivo.
Como argumentar é firmar uma posição diante de um problema, um compromisso com a informação e o conhecimento, não é possível construir uma boa argumentação com argumentos fracos, falsos ou incoerentes.
Ao mobilizar argumentos para sustentar uma tese, ao apresentar que idéia pretende fazer crer aos outros, o autor depende de seus pontos de vista, de seu conhecimento sobre o assunto e dos argumentos que julga mais eficazes para atingir o raciocínio e a vontade de seu interlocutor. Com tantos fatores em jogo, uma argumentação pode não ser bem-sucedida. Assim, a cada argumento bem construído pode corresponder um argumento mal construído; o que resulta em defeitos de argumentação.
É difícil falar em defeitos de argumentação em sentido muito genérico, porque um defeito de argumentação está sempre relacionado às finalidades do texto. Por isso, a organização dos sentidos globais do texto precisa ser levada em consideração. Contradições em um texto podem servir de argumentos positivos em outro.
Uma argumentação é considerada inadequada ou defeituosa quando não dá condições para que os objetivos sejam atingidos. Há várias razões para isso acontecer: podem ser razões ligadas à incompreensão, ou não-aceitação, do interlocutor; podem ser razões ligadas ao desenvolvimento do texto, ou mesmo razões relacionadas à não-correspondência entre os argumentos e o “mundo real”.
Em suma, encontramos, na escolha dos argumentos, vários níveis de adequação e vários níveis de inadequação quanto à demonstração da tese pretendida: os sentidos globais do texto e o objetivo da argumentação é que definem sua qualidade.

PARTE II

AVANÇANDO NA PRÁTICA – PÁGINA 98 - TP6

TEMA: Atividade escrita planejada

SÉRIE: 5ª série (6º ano)

TEMPO ESTIMADO: 6 a 8 aulas

JUSTIFICATIVA:
É por meio do discurso que o homem tenta persuadir seu interlocutor, fazendo com que esse compartilhe de suas opiniões. De fato, ao usar a linguagem, ele tem sempre objetivos a serem atingidos. Porém, para que nossas palavras surtam efeito e levem o interlocutor à determinada conclusão, elas devem possuir um caráter argumentativo. O ato de argumentar constitui, dessa forma, o ato lingüístico fundamental, uma vez que por detrás de todo e qualquer discurso há sempre uma ideologia

OBJETIVOS:
- Produzir um texto informativo;
- Relacionar informações sobre a Semana Revelação a partir da utilização de diferentes textos verbais e não verbais.

DESENVOLVIMENTO

TEMA: Semana Revelação
LEITORES: professor e alunos da classe
OBJETIVO: escrever texto informativo sobre a Semana Revelação
FUNÇÃO: referencial
GÊNERO: reportagem
NÍVEL DE LINGUAGEM: formal
SUPORTE: escrever para apresentar no telejornal apresentado em classe
MATERIAIS: reportagens do jornal semanal da cidade, site do jornal semanal, fotos da semana revelação, entrevistas com participantes do evento.

ATIVIDADE DE PRÉ ESCRITA:

- Proporcionar momentos em classe para leitura de textos do gênero reportagem em jornais, revistas e até mesmo on line.




- Discutir a respeito do tema (Semana Revelação) em grupos,obervando fotos,  levantando questionamentos e hipóteses.






- Utilizar o tema como manchete:

SEMANA REVELAÇÃO É DESTAQUE NA E. E. CARMELITA CARVALHO GARCIA

- Ler o artigo publicado no jornal semanal relacionado ao tema, explicar o que é uma manchete de jornal, e como produzir uma reportagem mais curta, como um informativo.



- Comentar sobre o formato de uma folha de jornal, com informações tais como: nome da cidade, data, nome do caderno e página no canto à direita.

- Após a discussão, pedir aos alunos que voltem a se reunir em grupos e decidam sobre elementos que possam ser anexados nesta manchete.Definir número de linhas(espaço) para a matéria.

- Finalmente pedir para redigir o texto da reportagem.





LIÇÃO DE CASA – COMENTÁRIOS SOBRE A ATIVIDADE
Foi uma experiência muito positiva, com todos os alunos da classe envolvidos.A redação em conjunto propiciou troca de informações e conhecimentos, transformando em uma experiência rica e produtiva para os alunos.

PARTE III

- Desenvolver uma crônica:

Ele foi, de pijama e tudo.
Chegando lá, um mundo de pandeiros, tamborins e belas morenas tornavam a quadra uma profusão de cores, sons e ritmos.
A alegria e a animação tomavam conta do lugar.
Ele, a princípio ainda perturbado e sonolento, ficou a observar o ambiente. Aos poucos a vibração contagiante começou a espalhar por seu corpo.
Ginga pra cá, ginga pra lá...passos bamboleavam, rebordeavam...
Quando deu por si, estava lá, bem no meio da multidão, dando um show de passos leves e rápidos.
O tempo parecia inalterado....Novamente ele estava ali, como o Rei da Passarela do Samba...ele...ele mesmo...o Grande Passista Nota Dez, que tantos prêmios já levara para casa.
E a sua companheira daquela época? A porta bandeira que era capaz de evoluções fantásticas?Onde estará ela, a sua grande companheira do samba?
Em casa.Desistiu de esperar o marido, tomou um sonífero e dormiu.

- Planejamento:
- Apresentar para a classe coletâneas de crônicas.
- Explicar as características do gênero e pedir a cada aluno que escolha uma e leia para a classe.
- Ler com muito suspense o fragmento de Moacir Scliar “O Espírito Carnavalesco” e pedir aos alunos que continuem a crônica a partir do fragmento lido.

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