TEMA: Cinema como a representação de uma obra de arte
SÉRIE: 5ª série (6º ano)
TEMPO ESTIMADO: 6 aulas
JUSTIFICATIVA:Por meio desta aula, estimular o gosto pela linguagem cinematográfica ao despertar no aluno a sensibilidade para a emoção, para a beleza e para o envolvimento entre imagem e som. Um filme, como qualquer obra de arte, possibilita várias leituras, pois cada espectador tem seu próprio universo de informação e percepção. No caso de Pequenas Histórias o professor/educador pode ser o mediador para que esse universo venha à tona, enriquecendo assim as várias discussões que o filme pode suscitar dentro e fora da sala de aula em seus vários desdobramentos, seja pelo seu tema central ou pelos secundários.
OBJETIVOS:
- Identificar recursos expressivos em imagens e sons .
- Reconhecer as características da linguagem poética.
- Sensibilizar o aluno para a beleza da construção cinematográfica.
- Enfocar o ato de ler e contar histórias como uma das possibilidades de seromper o confinamento cultural, e facilitar a imaginação criadora de crianças,jovens e adultos.
- Propiciar vivências de processos de criação e expressão de quem conta e de quem ouve, facilitando a descoberta do contador de história que reside em cada um de nós.
DESENVOLVIMENTO
- Iniciar a aula com a discussão sobre o que é arte e quais são as formas de arte que os alunos mais admiram.
- Apresentar livros e revistas contendo gravuras de telas de pintores famosos,apresentações de dança moderna e clássica, cenas de teatro, novelas e filmes, além de capas de cds e dvds.
- No segundo momento, quando os alunos já reconhecerem as várias representações do conceito arte, fazer a apresentação do filme a ser assistido, dizendo que ele narra histórias da roça e da cidade e que as quatro histórias contadas no filme trazem elementos de riso, magia e medo.
- Comentar que o filme Pequenas Histórias traz personagens e histórias saídos do imaginário brasileiro, especialmente de Minas Gerais. E que Minas é território de fábulas e casos, onde existe uma rica tradição de narrativa oral. Pequenas Histórias junta a moderna linguagem audiovisual com o estilo mineiro dos contadores de histórias e põe na tela uma mineirice universal.
- Após assistir o filme mostrar que Cinema, contação de histórias e literatura são linguagens que têm em comum o fato de serem formas de narrativa.Mas cada uma tem suas especificidades. A ficha técnica de um filme, por exemplo, nos dá uma noção da quantidade e variedade de profissionais necessárias para colocar uma história na tela grande e de que o cinema é realmente um trabalho de equipe. Discutir quais são as diferenças entre as linguagens citadas.
- Conversar com os alunos sobre as diferenças entre as histórias do meio rural e do meio urbano, ou o que elas podem ter em comum. Quais são as superstições e crendices do homem do campo e do homem da cidade? Trabalhar as superstições pensando no que são, de onde vêm e porquê.
- A fim de incrementar o vocabulário, pedir aos alunos para descobrirem, com a ajuda do dicionário, o significado das “novas” palavras apresentadas no filme.
- Relacionar e refletir sobre o uso e significação de algumas expressões inusitadas e por vezes até absurdas, típicas de contação de histórias encontradas no filme:“No dia seguinte, minha tia acordou morta”.“Esta árvore é que nem parente, conheço desde semente”.“Gente que nunca morreu tá morrendo”.
- Estudar textos relacionados com as narrativas do filme, tais como a Iara e narrativas de terror e medo.
LIÇÃO DE CASA – COMENTÁRIOS SOBRE A ATIVIDADE
Foi um trabalho muito rico e positivo, onde o filme trabalhou e despertou a imaginação, pois não só contou histórias, como as colocou no centro da discussão. A bordadeira, a varanda, a colcha de retalhos, o ritmo: elementos que ajudaram a construir uma casa própria para as palavras. Numa associação da moderna linguagem audiovisual do cinema com uma estética singela e encantadora do mundo da contação de histórias, o filme trouxe uma reflexão sobre diferentes formas narrativas. Os alunos se envolveram, assistiram ao filme com o maior interesse e participaram ativamente das discussões realizadas após o filme.Entender que o audiovisual está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas é entender que ele, por sua vez, também influencia o cotidiano da sala de aula. Acredita-se que a interpretação desta linguagem também é papel da escola e do professor.
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