O que é Letramento?
Kate M. Chong
Letramento não é um gancho
em que se pendura cada som enunciado,
não é treinamento repetitivo
de uma habilidade,
nem um martelo
quebrando blocos de gramática.
Letramento é diversão é
leitura à luz de vela, ou lá fora,
à luz do sol.
São notícias sobre o presidente,
o tempo, os artistas da TV
e mesmo Mônica e Cebolinha
nos jornais de domingo.
É uma receita de biscoito,
uma lista de compras, recados colados na geladeira,
um bilhete de amor,
telegramas de parabéns e cartas de velhos amigos.
É viajar para países desconhecidos,
sem deixar sua cama,
é rir e chorar
com personagens heróis e grandes amigos.
É um atlas do mundo, sinais de trânsito, caças ao tesouro,
manuais, instruções, guias e orientações em bulas de remédios,
para que você não fique perdido.
Letramento é, sobretudo, um mapa do coração do homem,
um mapa de quem você é, e de tudo que você pode ser.
AVANÇANDO NA PRÁTICA – TP4 – PÁGINA 31
TEMA: Letramento
SÉRIE: 5ª série (6º ano)
TEMPO ESTIMADO: 4 aulas
JUSTIFICATIVA:
Por meio desta aula, observar o ambiente letrado através de uma caminhada pela leitura de textos - imagens, palavras, cartazes, faixas, documentos e símbolos – que nos cercam todos os dias, analisar a importância dos textos que circulam pela sociedade, e compreender que as práticas da cultura escrita transformam o nosso conhecimento.
OBJETIVOS:
- Produzir atividades de leitura e de compreensão para a preparação da escrita, considerando a cultura local como contexto das produções orais e escritas;
- Ampliar a experiência de leitura para além da sala de aula;
- Sensibilizar e estimular o aluno a observar as diferentes funções dos textos lidos;
- Trazer para dentro de sala de aula as referências de leitura existentes no cotidiano dos alunos e outras que possam ser incorporadas à sua prática.
DESENVOLVIMENTO
- Voltando à classe pedi que andassem por ali observando os cartazes e escritas encontradas em mochilas,estojos,camisetas, bonés, cadernos e deixassem registrado no quadro. Fizemos a leitura das palavras e discutimos os seus significados.
- Na aula seguinte realizamos a caminhada da leitura pelo bairro.Foi interessante porque os próprios alunos indicavam quais tipos de textos(imagens) eu deveria fotografar. Os alunos registraram através de desenhos as placas, faixas e letreiros para apresentação em sala de aula .
- Eles se sentiram motivados com a atividade. Em classe conectei a câmera à TV e eles puderam ver as imagens escolhidas e aí discutimos onde estes textos foram encontrados, para quem é dirigido, com qual finalidade.
- Como tarefa de casa pedi que fizessem um registro livre da atividade desenvolvida.
- Montamos um painel com os registros para compor o ambiente de letramento da classe e cada um fez questão de ler o seu.
LIÇÃO DE CASA – COMENTÁRIOS SOBRE A ATIVIDADE
Foi uma atividade significativa : os alunos não só se sentiram motivados a pesquisar e a registrar, mas também perceberam e compreenderam que estamos cercados por diferentes modos de organização da informação na escrita: no comércio, nas ruas, nos sinais de trânsito. São as formas de comunicação oral e escrita presentes no ambiente que geram o conhecimento e nos auxiliam a explicar e construir nosso modo de ser, nossa identidade.
O ensino da língua materna, realizado nessa perspectiva, não conduz o leitor à condição de mero decodificador de palavras e frases, e o escritor a um mero reprodutor de estruturas modelares de textos. O professor oferece aos seus alunos a leitura de mundo que precede a leitura da palavra; a conviver, experimentar e dominar as práticas de leitura e de escrita que circulam em nossa sociedade tão centradas na escrita quando a linguagem e a realidade se prendem dinamicamente.
É fundamental que o falante compreenda o que está à sua volta e que saiba seus significados, para que então possa se situar, interagir e perceber melhor o ambiente que o cerca. Mas o conhecimento a ele transmitido não deve ser pronto e acabado, pois o professor deve instigar, levando a classe na constante procura dos sentidos, na sua investigação; o educador concede aos alunos o suporte, o estímulo e o incentivo e estes, por sua vez, constroem seu conhecimento apoiados na base fornecida pelo professor.
TEMA: Letramento
SÉRIE: 5ª série (6º ano)
TEMPO ESTIMADO: 4 aulas
JUSTIFICATIVA:
Por meio desta aula, observar o ambiente letrado através de uma caminhada pela leitura de textos - imagens, palavras, cartazes, faixas, documentos e símbolos – que nos cercam todos os dias, analisar a importância dos textos que circulam pela sociedade, e compreender que as práticas da cultura escrita transformam o nosso conhecimento.
OBJETIVOS:
- Produzir atividades de leitura e de compreensão para a preparação da escrita, considerando a cultura local como contexto das produções orais e escritas;
- Ampliar a experiência de leitura para além da sala de aula;
- Sensibilizar e estimular o aluno a observar as diferentes funções dos textos lidos;
- Trazer para dentro de sala de aula as referências de leitura existentes no cotidiano dos alunos e outras que possam ser incorporadas à sua prática.
DESENVOLVIMENTO
"Fico a pensar: o que as escolas ensinam? Elas ensinam as ferramentas existentes ou a arte de pensar, chave para as ferramentas inexistentes? (....)Assim, diante da caixa de ferramentas, o professor tem de se perguntar: "Isso que estou ensinando é ferramenta para quê? De que forma pode ser usado? Em que aumenta a competência dos meus alunos para cada um viver a sua vida?". Se não houver resposta, pode estar certo de uma coisa: ferramenta não é.(...)
Mas há uma outra caixa, na mão esquerda, a mão do coração. Essa caixa está cheia de coisas que não servem para nada. Inúteis. Lá estão um livro de poemas da Cecília Meireles, a "Valsinha" de Chico Buarque, um cheiro de jasmim, um quadro de Monet, um vento no rosto, uma sonata de Mozart, o riso de uma criança, um saco de bolas de gude... Coisas inúteis. E, no entanto, elas nos fazem sorrir. E não é para isso que se educa? Para que nossos filhos saibam sorrir? Na próxima vez, a gente abre a caixa dos brinquedos...(Rubem Alves)- Inicialmente saí da classe com os alunos e realizamos uma caminhada pela escola. Pedi que observassem todo o material escrito encontrado. Comentamos sobre a construção desses tipos de textos, quais elementos verbais e não-verbais podemos encontrar neles, se a pontuação está adequada ou não.
- Voltando à classe pedi que andassem por ali observando os cartazes e escritas encontradas em mochilas,estojos,camisetas, bonés, cadernos e deixassem registrado no quadro. Fizemos a leitura das palavras e discutimos os seus significados.
- Na aula seguinte realizamos a caminhada da leitura pelo bairro.Foi interessante porque os próprios alunos indicavam quais tipos de textos(imagens) eu deveria fotografar. Os alunos registraram através de desenhos as placas, faixas e letreiros para apresentação em sala de aula .
- Eles se sentiram motivados com a atividade. Em classe conectei a câmera à TV e eles puderam ver as imagens escolhidas e aí discutimos onde estes textos foram encontrados, para quem é dirigido, com qual finalidade.
- Como tarefa de casa pedi que fizessem um registro livre da atividade desenvolvida.
- Montamos um painel com os registros para compor o ambiente de letramento da classe e cada um fez questão de ler o seu.
LIÇÃO DE CASA – COMENTÁRIOS SOBRE A ATIVIDADE
Foi uma atividade significativa : os alunos não só se sentiram motivados a pesquisar e a registrar, mas também perceberam e compreenderam que estamos cercados por diferentes modos de organização da informação na escrita: no comércio, nas ruas, nos sinais de trânsito. São as formas de comunicação oral e escrita presentes no ambiente que geram o conhecimento e nos auxiliam a explicar e construir nosso modo de ser, nossa identidade.
O ensino da língua materna, realizado nessa perspectiva, não conduz o leitor à condição de mero decodificador de palavras e frases, e o escritor a um mero reprodutor de estruturas modelares de textos. O professor oferece aos seus alunos a leitura de mundo que precede a leitura da palavra; a conviver, experimentar e dominar as práticas de leitura e de escrita que circulam em nossa sociedade tão centradas na escrita quando a linguagem e a realidade se prendem dinamicamente.
É fundamental que o falante compreenda o que está à sua volta e que saiba seus significados, para que então possa se situar, interagir e perceber melhor o ambiente que o cerca. Mas o conhecimento a ele transmitido não deve ser pronto e acabado, pois o professor deve instigar, levando a classe na constante procura dos sentidos, na sua investigação; o educador concede aos alunos o suporte, o estímulo e o incentivo e estes, por sua vez, constroem seu conhecimento apoiados na base fornecida pelo professor.
O movimento do mundo à palavra e da palavra ao mundo está sempre presente.
Movimento em que a palavra dita flui do mundo através da leitura que dela
fazemos. Podemos dizer que a leitura da palavra não é apenas precedida pela
leitura de mundo, mas por uma certa forma de ‘escrevê-lo’ ou de ‘reescrevê-lo’,
quer dizer, de transformá-lo através de nossa prática consciente (FREIRE, 1984,
p. 18).
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